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A campeã Carissa Moore com Tyler Wright (Foto: Steve Robertson / ASP Images) |
Na decisão do título feminino, elas só conseguiram surfar uma onda boa e a da Carissa Moore recebeu nota 7,67 dos juízes, contra 6,17 da que Tyler Wright pegou nos minutos finais. A havaiana ainda somou o 3,33 da nota anterior para quebrar o jejum de vitórias por 11,00 a 6,94 pontos. A última tinha sido aqui no Brasil, no Billabong Girls Pro Rio, na etapa que marcou o retorno da etapa brasileira do WCT feminino para o Rio de Janeiro em 2011. "Estou muito, muito feliz agora pela vitória e por estar no pódio novamente!”, vibrou Carissa Moore. “Não ganhei nenhum evento no ano passado e foi difícil para mim, mas finalmente isso acabou. Este ano começou quente, apenas dois eventos e já está parecendo ser o fim da corrida do título mundial no ASP Womens Tour. Todas as meninas estão surfando muito bem e podem ganhar os próximos eventos, então acho que vai ser muito interessante ver como será a disputa do título esse ano”.
Nas semifinais, as meninas também tiveram que ser precisas nas poucas chances que apareciam para surfar em Surfers Point no domingo. A havaiana começou bem com nota 7,5 contra a atual campeã mundial Stephanie Gilmore, que só pegou uma onda regular de 5,73 pontos e por 13,27 a 7,24 foi barrada novamente nas semifinais como na Gold Coast, pelo menos sempre perdendo para a campeã da etapa.
A final do Roxy Pro Gold Coast foi reeditada na segunda semifinal do Drug Aware Margaret River Pro, com Tyler Wright repetindo a vitória sobre Sally Fitzgibbons com o maior placar feminino do último dia, 18,43 a 14,83 pontos. Para isso, saiu marcada com vários cortes nas pernas em sua segunda e última onda na bateria, manobrando forte até parar nas pedras de Surfers Point para conseguir nota 9,5 dos juízes. Na bateria final, cheia de cortes, Tyler só pegou uma onda, mas já estava com o primeiro lugar no WCT 2014 garantido. “É apenas o segundo evento do ano e de modo algum estou querendo ser a número um em tudo!”, disse a irmã mais jovem do também top do WCT, Owen Wright. “Estou competindo contra campeãs do mundo, uma três vezes vice-campeã e com as outras meninas do circuito também. Estou apenas começando bem este ano e fico feliz por estar mostrando meu surfe. Eu venho evoluindo, aprendendo nos últimos dois anos, agora os resultados estão aparecendo. Meu irmão Owen tem sido um grande apoio para mim. Ele estava neste evento, mas foi para casa e me ligou esta manhã, tivemos uma longa conversa que me ajudou a chegar ao pódio hoje”.
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Josh Kerr e o campeão Dusty Payne (Foto: Steve Robertson / ASP Images) |
O havaiano derrotou três australianos no último dia do Drug Aware Pro. A primeira vítima foi Jay Thompson nas quartas de final, depois ganhou um duelo eletrizante, talvez o melhor de todo o campeonato, contra Julian Wilson, encerrado em 18,00 a 17,16 pontos. Na grande final, surfou a melhor onda que entrou na bateria e com nota 9,23 confirmou a sua primeira vitória na ASP por 16,36 a 13,20 pontos. O título valeu 40 mil dólares e 6.500 pontos no ASP World Ranking, que classifica dez surfistas para completar a elite dos top-34 do WCT.
O primeiro ASP Prime do ano provocou sete mudanças de nomes no G-10 do ranking mundial unificado, que também computa os três principais resultados dos tops na divisão principal do ASP Tour. Curiosamente, nenhum brasileiro faz parte desta lista e apenas três estariam garantidos na elite do ano que vem neste início de temporada, Gabriel Medina, Alejo Muniz e Filipe Toledo, que ficaram entre os 22 mantidos no WCT na primeira etapa de 2013 na Gold Coast.
O catarinense Willian Cardoso perdeu na estreia em Margaret River e saiu do grupo dos dez indicados pelo ASP World Ranking. O paulista Caio Ibelli e o potiguar Jadson André foram os que chegaram mais perto da zona de classificação. Caio subiu para o 32.o lugar e Jadson saltou de 179 para 33 no ranking que está garantindo até o 27.o colocado, o havaiano Keanu Asing. Se passasse pelo vice-campeão Josh Kerr nas oitavas de final, entraria na lista provisória para o ASP Tour de 2014.
O australiano voador e o campeão Dusty Payne são dois dos tops que estão confirmando suas permanências entre os 22 do WCT que dispensam a vaga no ranking unificado. Já Adrian Buchan, que ficou em último lugar no Quiksilver Pro Gold Coast, passou a encabeçar o G-10 do ranking de acesso com os 4.225 pontos do terceiro lugar nas semifinais do ASP Prime de Margaret River. O australiano subiu do 64.o para o 13.o lugar na classificação geral das sete etapas computadas, sendo uma do WCT, uma Prime e cinco do ASP Star.
Também entraram no G-10 com os resultados no Drug Aware Pro, mais um australiano, Jay Thompson (de 37.o para 16.o com o quinto lugar no evento), o basco Aritz Aranburu (143.o para 21.o com o quinto lugar), o surfista das Ilhas Canárias que barrou Adriano de Souza, Jonathan Gonzalez (144.o para 22.o com o quinto lugar), o neozelandês Jay Quinn (de 234.o para 23.o com o quinto lugar), o havaiano Granger Larsen (de 43.o para 24º.o com o nono lugar) e o australiano Mitchel Coleborn (de 59.o para 25.o com o nono lugar em M-River).
Eles tiraram da lista dos dez que estavam se classificando para o WCT 2014, os norte-americanos Damien Hobgood, Nat Young, Patrick Gudauskas e Chris Ward, os australianos Mitch Crews e Nicholas Squires e o brasileiro Willian Cardoso. Para os tops da elite atual, como Hobgood e Young, 10.000 pontos estarão em jogo no Rip Curl Pro que começa nesta quarta-feira e vai até 7 de abril em Bells Beach, na Austrália. Já o catarinense Willian Cardoso está confirmado como cabeça de chave número 1 do Rip Curl Pro Argentina, que abre o calendário do ASP South America Surf Series 2013 a partir de sexta-feira até 2 de abril com uma etapa do ASP 3-Star em Mar del Plata.
Por João Carvalho