ETAPA FINAL ESTÁ SENDO DISPUTADA NA PRAIA DO TOMBO E TERMINA NESTE DOMINGO
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Edgard Groggia, na categoria júnior, e Magno Pacheco, na open, são os primeiros campeões do Rip Curl Guarujaense de Surf 2014. Os dois avançaram às finais e não podem mais ser alcançados na pontuação. Agora, aguardam o momento principal do Circuito, a disputa do supercampeão, um título disputado entre todos os campeões, valendo como prêmio especial, uma viagem para a para a Indonésia, com passagens aéreas e hospedagem durante dez dias na ilha de Bali.
A competição começou neste sábado (30), na Praia do Tombo, em Guarujá, com boas ondas, com mais de um metro na série, sol e disputas de alto nível. As finais serão realizadas neste domingo, das 10h30 às 13h30. No total, são nove categorias em ação, com expectativa de grandes confrontos pelos títulos.
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A primeira conquista do dia veio logo cedo, na júnior. Edgard Groggia, que na etapa anterior foi o protagonista de uma show de surf, com direito a nota dez, garantiu vaga à semifinal, com uma bela atuação, incluindo tubo e aéreo, , enquanto que seu único rival direto, Leonardo Guimarães, não avançou, ficando em nono lugar, para definir matematicamente a situação.
“Fiquei pensando a semana toda nessa disputa e agora é ter foco para o supercampeão. Vai ser sinistro, porque os caras estão surfando muito. Vou fazer o meu surf, fazer de tudo para garantir essa viagem para a Indonésia”, afirmou o surfista de 17 anos, que aprendeu a surfar aos três e começou a competir aos seis. “Vencer aqui é muito importante, porque estou na minha cidade e é um circuito muito forte”, completou.
Na sequência, foi definido o título open. Magno Pacheco, o Tim, e Carlos Eduardo, o Inhonho, chegaram empatados, cada um com uma vitória e um segundo lugar. Magno fez o seu papel e, mais uma vez repetiu um bom desempenho (na fase inicial garantiu um 9,33 e um 8,5 para somar 17,83 de 20 possíveis), assegurando a vaga na final. Na bateria seguinte, Carlos Eduardo perdeu, por apenas três décimos para Wesley Moraes, terminou em quinto lugar, encerrando a disputa.
Com o resultado, Magno ficou credenciado a tentar ser o primeiro tri supercampeão, título já conquistado no ano passado e em 2006, e comemorou o tetra na open. “Esse título é resultado de treino, muita preparação. Estava de férias do meu trabalho e o foco foi para esse campeonato”, afirmou o surfista de 25 anos, que trabalha como operador de pátio a Grieg.
Tim revelou que, coincidentemente, treinou durante a semana junto com o rival, Carlos Eduardo. “Somos amigos, e um procura ajudar o outro. Estou muito feliz por essa conquista e agora é pensar no supercampeão. Sei que vai ser dureza. Tem o Edgard, que está com um surf muito radical, mas é ir para cima”, completou.
CAMPEÃO MUNDIAL DE SUP - Além dos favoritos aos canecos, a etapa conta com dois convidados ilustres, os irmãos Leco e Matheus Salazar, que aproveitam o evento para treinar ao Circuito Mundial de SUP Wave. “É bom para pegar ritmo de competição. Logo mais teremos etapa na Califórnia e queremos chegar treinados. Aqui tem uma galera forte e as ondas estão boas”, comentou Leco, campeão mundial da categoria em 2012 e terceiro no ano passado.
Outros destaques são atletas já conhecidos, experientes. Como Jojó de Olivença, que tem no currículo o bicampeonato brasileiro profissional e temporadas no WCT. O público que acompanhar as disputas nas ondas, pode voltar para a casa com mudas nativas de Jambo, Palmito e Abricot.
O Rip Curl Guarujaense de Surf tem patrocínio da Rip Curl, copatrocínios da Prefeitura Municipal de Guarujá e Secretaria Municipal do Esporte e Lazer. Apoios da Shaper Neco Carbone, Academia Flex, Shaper Helio Coconuts, Seeds of Sea Surfboards, Wave Shape Center, Skygraf do Brasil, Náutica Tintas Fiberglass, Malhas Sticle, Aquarela do Brasil Tinturaria. Supervisão da Federação Paulista de Surf. Cobertura da Hardcore. Divulgação da FMA Notícias. Realização da Associação de Surf do Guarujá.
Mike Richard, surf de superação
Ele já foi um competidor obstinado. Mas hoje competir é só por diversão, mas o surf segue firme na vida e serve como um importante instrumento de superação. Mike Richard, que foi batizado assim em homenagem ao australiano Mark Richards, tetracampeão mundial no final dos anos 70 e início dos 80, hoje surfa como parte fundamental de sua fisioterapia. Sem os movimentos do braço direito, ele rema apenas com o esquerdo e, mesmo assim, não deixa nada a desejar, competindo em condições de igualdade.
Em outubro de 2004, ele sofreu um acidente de moto na Rodovia Piaçaguera. “Um suicida se jogou em cima da moto. Tive lesão do plexo braquial (conjunto de nervos que partem da medula para os membros superiores) e perdi todo o movimento do braço. Foi bem difícil. Fiquei sem surfar por quatro anos e quando a fisioterapeuta me indicou água, decidi voltar ao surf”, contou o atleta de 31 anos.
O retorno foi em 2008 e hoje o surf é parte diária de sua vida. “Se não surfo, tenho dores. Surfo, pelo menos, 40 minutos por dia. Se tive onda boa, fico mais. Fui me adaptando”, revelou o surfista, que comanda uma escola de surf na Praia da Enseada. “A competição é para me divertir, para ter adrenalina”, acrescentou Mike, que neste sábado competiu na categoria open do Rip Curl Guarujaense de Surf, na Praia do Tombo, avançou na primeira fase, em primeiro lugar e terminou em sétimo, parando na semi. Um grande exemplo de superação pelo esporte.
Por:Fabio Maradei Fotos:SILVIA WINIK
Edgard Groggia e Magno Pacheco são os primeiros campeões do Rip Curl Guarujaense de Surf 2014